quarta-feira, 28 de abril de 2010

Por que ele nunca dura?

Não, esse post não é sobre os efeitos do viagra. Também não é sobre relacionamento entre emos. É um post sobre dinheiro. Sim, dinheiro, aquele pedaço de papel que você armazena em uma instituição que potencialmente só te explora e que faz de tudo o que pode pra deixar a quantia que você armazenou cada vez menor. Aquele pedaço de papel que as pessoas aceitam em troca de praticamente tudo, roupas, calçados, eletro-domésticos e até sexo (alguns mais diretamente que outros). Aquele papel que você transpira na cueca o mês inteiro pra ganhar uma quantidade que você possa deixar sumir no mês seguinte. Dinheiro...

Tomando a mim como base. O dinheiro é algo que está na nossa vida pra facilitar as coisas. Veja o meu lado, como eu nunca tenho dinheiro é fácil, para mim, decidir o que irei comprar. Nada. Viram? Se eu fosse um daqueles caras cheios de dinheiro eu nunca saberia se deveria comprar um Captiva ou uma Santa Fé. Apesar de que com a quantidade apropriada de dinheiro eu poderia comprar as duas. Fazendo uma análise fria, a classe que mais sofre com o dinheiro é a classe média. Isso devido ao fato dela ter um pouco de dinheiro. Quando a pessoa é da classe mega alta, aquela onde ele tem cifrões vazando pelos poros, ela compra o que ela quiser e quando enjoar ela simplesmente larga de lado e compra outro. Funciona perfeitamente para eles. Não há necessidade de se preocupar se vai de adaptar ou não à jaqueta de R$ 3.500,00 porque se não ficar bom, compra-se outra. A classe baixa, aquela em que os coitadinhos tiram leite de pedra, também não têm problemas com o dinheiro. Eles ganham uma merreca que dá exatamente pra comprar o café da manhã (segunda a sexta) o almoço (domingo a sábado) e a janta (terças e quintas). O resto? Que resto? Eles aproveitam roupas que ganham nas campanhas de doação então não têm muito o que escolher. A vida vai passando assim, é essa quantia pra cobrir o básico da manutenção da vida. Agora, olha os coitados da classe média. O cara não tem horrores em questão de dinheiro, mas também não é um miserável que não possa dedicar para si alguns pequenos agrados. Sabe o que acontece? Problemas. A pessoa fica na gastura de querer adquirir algumas coisas que acha bacana, fica louco de vontade de trocar de carro, de comprar um notebook novo, um celular novo. Se for mulher então, coitadas, a infinidade de sapatos e blusinhas sobre as quais elas devem ponderar antes de fazer qualquer aquisição é torturante...

Já dizia Vitor Hugo que desejava que tivéssemos dinheiro, mas que pelo menos uma vez colocássemos ele em frente aos nossos olhos e disséssemos "Isso é meu!" só pra ficar claro quem é o dono de quem... Isso me leva a crer que ou Vitor Hugo era da classe Mega Alta ou era um pé rapado sem eira e nem beira que nunca experimentou a tensão de ter uns trocados no bolso e ter que caminhar horas nas lojas, barraquinhas de camelô ou shopping centers da vida em busca de algo que seja perfeito tanto nos preços quanto na necessidade...